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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Olá amig@s!

Aqui fica a proposta completa apresentada ao Orçamento Participativo de Cscais 2012:




Proposta a apresentar ao Orçamento Participativo de Cascais 2012

(da Câmara Municipal de Cascais



Designação do Projecto: Oficina dos Saberes de Rana (Projecto de Cidadania para Cascais)

Localização principal: Quinta da Rana – Parque Urbano de S. Domingos de Rana.

Objecto: A Oficina dos Saberes de Rana é o projecto que o grupo Cascais em Transição pretende implementar no Parque Urbano da Quinta da Rana, na freguesia de S. Domingos de Rana, e cuja principal valência é a de fomentar a coesão social da comunidade através de actividades de recapacitação dos seus membros e da promoção da relocalização da produção de bens e serviços essenciais à comunidade, procurando sensibilizar e consciencializar os munícipes para a adopção de padrões de vida mais sustentáveis, equíveis e saudáveis.

Para tal e no âmbito do OP 2012 (infra-estruturas e equipamentos), propomos a adaptação daquele espaço público por forma a que nele sejam criadas as condições físicas necessárias ao desenvolvimento de um projecto de médio a longo prazo, destinado a cumprir os objectivos acima referidos e a contribuir para uma transição do paradigma em que actualmente vivemos para um outro, onde a felicidade da comunidade seja uma determinante.

Prazo de Execução: 2 anos

Financiamento proposto: 300.000 Euros (Trezentos mil euros)

Implementação e execução:

1) Área coberta para realização de actividades – construção de um pequeno espaço coberto, no qual se encontrem reunidas as condições necessárias a que nele possam ser realizadas actividades relacionadas com: exibição de filmes e documentários; tertúlias, sessões públicas de leitura para crianças e adultos; exposições; formação, ateliers de demonstração de competências e workshops em diversas valências, com vista à recapacitação individual e comunitária em ferramentas básicas e/ou artísticas, fomentadoras da socialização entre munícipes e membros da comunidade e da sua resiliência, provendo ao respectivo equipamento e segurança, mediante a aquisição e colocação de cadeiras, mesas de trabalho (para actividades), projector, tela, e outros;

2) Cozinha e outras infraestruturas para uso comunitário – construção de um pequeno espaço coberto, para instalação de cozinha comunitária e respectivo equipamento, nomeadamente, aquisição e colocação de lavatório com ponto de água (fria e quente), espaço para fogão a lenha, construção de dois a três fornos tradicionais de lenha, bancada de trabalho, e zona adjacente de apoio com mesas e bancos fixos, no qual possam ser realizados workshops e demonstração de competências, nomeadamente de cozinha saudável, conservação de alimentos e de saponaria, entre outros, para além do seu uso partilhado pela comunidade;

3) Sanitários: os exigidos pela legislação vigente, incluindo fraldário;

4) Segurança: sistema de video-vigilância nas zonas de acesso e outros que se mostrem necessários.

5) Hortas – além das acções de formação e workshops a realizar em área coberta, e como actividade a desenvolver ao ar livre, propomos a adaptação/transformação de uma área do Parque em horta pedagógica, equipada com estufa (para viveiros de plântulas) e compostores comunitários, para posterior formação prática e divulgação de boas práticas de produção alimentar local e orgânica, e de tratamento de resíduos orgânicos; a recuperação do tanque agrícola existente no parque, como integrante de um sistema de recuperação das águas pluviais, para posterior utilização para fins de rega, ou, em alternativa, a sua adaptação como biodigestor, para produção de biogás e composto.

6) Equipamentos para produção de energia – instalação dos equipamentos necessários à produção de água quente solar e energia eléctrica fotovoltaica para serviço às áreas cobertas;

7) Mobilidade – criação de um espaço coberto para funcionar como ciclo-oficina e a adaptação de um espaço exterior para funcionar como mini-escola ciclável, mediante a criação de um pequeno percurso ciclável no parque.

As infra-estruturas e equipamentos propostos destinam-se a adaptar o parque da Quinta da Rana por forma a que constitua uma área dotada de alguma autonomia em termos de produção alimentar e energética, que, a curto prazo, permita a realização de actividades várias de demonstração e capacitação a desenvolver na comunidade, com vista à necessária consciencialização e transformação interior de cada indivíduo para um modo de vida mais sustentável, e a longo prazo destinada a integrar uma rede de zonas públicas de apoio à comunidade que contribuiam para uma maior resiliência das mesmas em situações de necessidade específicas.

Temos por base a ideia de que será da alteração de hábitos de vida e da forma como cada municipe e cidadão encara o mundo – através da promoção de conceitos com os de consciência, confiança, sociabilização, interajuda, interdependência e resiliência –, que resultarão os efeitos nas esferas exteriores em que a vida de cada um se manifesta, e em última análise um mundo mais sustentável onde todos possamos viver em harmonia uns com os outros.

No mundo em que vivemos actualmente, voltados para dentro e para a satisfação das nossas necessidades imediatas, não há por vezes espaço e tempo reservado e dedicado a repensar o que nos move, que caminho levamos e para onde queremos efectivamente caminhar.

A Iniciativa ‘Cascais em Transição’ através desta proposta pretende procurar contribuir para criar as condições necessárias ao desenvolvimento futuro de um projecto, junto das comunidades de Rana e de todo o concelho de Cascais, ajudando-as a fazer esse caminho, identificando problemas e propondo soluções concretas para os mesmos.

Financiamento:

Os valores para o financiamento terão globalmente o valor máximo de 300.000,00 € (trezentos mil euros), e dividir-se-ão entre as estruturas a edificar e equipar, compreendendo o custo de materiais e mão de obra necessários à reconversão de algumas áreas do parque (cobertas e descobertas), a fim de fazer a sua adaptação ao conteúdo da presente proposta.

Pela Cascais em Transição,

Isabel Gonçalves e


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